quinta-feira, 4 de março de 2010

Music and Morality, by Roger Scruton

Música e Moralidade.

Achei uma referência a este artigo escrito por Roger Scruton (um dos pensadores mais interessantes do nosso tempo), justamente falando de um de seus assuntos preferidos, a música.

Ele comenta sobre a relação que existe entre a moralidade e o comportamento e a música preferida pelo cidadão. Muito interessante e, creio, para muitos de nós, nenhuma novidade.

O artigo pode ser lido aqui (em inglês).

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Suicide of the West por Theodore Dalrymple

Recomendo o texto do Theodore Dalrymple sobre as diferenças entre EUA e Europa. Aqui.

Mesmo ele sendo um "nonbeliever" ele fala da importância da religião para que a civilização possa sobreviver. Ao ver o tamanho da importância que ele dá a ela, não dá pra imaginar que ele é um descrente.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

A Cabana



No meio de tantos livros mau intencionados que dominam as prateleiras - marcados por ironias, intrigas, revanchismo - ler um livro como esse é revigorante. É apenas mais uma forma de se tentar compreender o amor de Deus por nós e o sentido do sofrimento que enfrentamos ao longo da vida, mas é feita de forma especial. Um homem que passa pelo pior sofrimento que um pai pode passar, se encontra com Deus numa cabana, e Deus o faz compreender o amor e o perdão através da sua perda. O perdão existe em 1º lugar para aquele que perdoa, para libertá-lo de algo que vai destruí-lo, que vai acabar com sua alegria e capacidade de amar integral e abertamente . Ou seja, se você não é capaz de perdoar, como espera ser perdoado por Deus? O livro é uma metáfora que, a meu ver, tenta ser fiel à Bíblia, não sendo o objetivo do autor inventar coisas sobre Deus, como pode parecer num primeiro momento. Eu acredito que são experiências que o próprio autor vivenciou e nelas procurou entender a presença de Deus, tal como muitos de nós buscamos conhecer a Deus nas nossas experiências - como muito bem explicado por S. Paulo Apóstolo: o universo está em Deus, nele andamos, vivemos e somos - e é por isso mesmo que o leitor inevitavelmente se identificará com algumas passagens. Enfim, é uma mensagem a ser passada adiante...

domingo, 15 de novembro de 2009

Sexo e Socialismo

Eu li esse texto e, tomei a liberdade de postá-lo aqui:

Por: Jayme S. Sellards
Traduzido por: Julio Severo


Sei que isso é esquisito, e até um pouco vergonhoso, mas é hora. Isso mesmo: É hora de falarmos sobre sexo.

Primeiro, quero deixar claro que o sexo é simplesmente outra função física, e não há nada de importante por trás dele. Segundo, o amor não existe. Por isso, não se preocupe sobre esperar até achar a pessoa certa. Aliás, você deveria se envolver em sexo indiscriminado com qualquer pessoa que por acaso apareça no seu caminho. Resumindo: todo sexo é aceitável, em qualquer tempo, em qualquer idade, com qualquer um.

O que? Você ficou ofendido com o que acabei de dizer? Olha, tenho de ser sincero e confessar que essa conversa de sexo não é realmente de minha autoria original. Estou apenas parafraseando Karl Marx. O que é importante entender, porém, é que embora o que acabei de dizer pode parecer loucura para você, é a perspectiva socialista exata acerca do sexo. Entenda: a promiscuidade e os desvios sexuais desempenham um papel no estabelecimento de um sistema socialista de governo.

Quando ouvem a palavra “socialismo”, a maior parte das pessoas acha que é uma filosofia econômica. As pessoas comuns associam o termo com a destruição do capitalismo e o governo tomando o setor privado. Embora isso seja certamente verdade, há também um componente social correspondente que é muitas vezes ignorado. É, afinal de contas, chamado “social”-ismo.

Marx entendia que o capitalismo não se sustenta sozinho. A idéia do livre mercado foi inventada por países ocidentais com valores éticos judaico-cristãos. Assim, ele sabia que qualquer um interessado em destruir o capitalismo tem também de erradicar os alicerces fundamentais da sociedade que o sustentam.

O componente mais fundamental de todas as sociedades é a família. Na civilização ocidental, a família começa no casamento de um homem e uma mulher. Durante esse casamento, o marido é tradicionalmente o líder da família e o provedor de alimento, roupas e abrigo. A esposa cria um lar amoroso e cria os filhos.

Os laços entre marido e esposa são vistos como espirituais, emocionais e exclusivos. O sexo é a expressão máxima desses laços e, de forma importante, o casamento só é consagrado depois que o marido e a esposa tiveram sua experiência física íntima. Como tal, o sexo pré-conjugal é desencorajado na cultura ocidental, pois barateia e desvaloriza os laços entre marido e esposa e, consequentemente, o significado do casamento e família.

O socialismo não consegue funcionar sob o modelo de família da civilização ocidental. Sob um regime socialista, não pode haver família tradicional, pois o Estado é o líder e provedor de todos. Além disso, toda espiritualidade e emoção têm de ser reservadas exclusivamente para o Estado. Portanto, Marx sabia que a fim de que o socialismo tivesse êxito, ele tinha de achar um jeito de destruir a família.

O modo mais fácil de alcançar essa meta, ele descobriu, era incentivando todos os tipos de sexo. Se o sexo fosse comum e indivíduos solteiros tivessem relações com quantos parceiros quisessem, o sexo perderia todo o seu sentido espiritual e emocional. Assim, o casamento se tornaria irrelevante, e as famílias acabariam deixando de existir.

Com esse propósito, Marx aplicou sua filosofia econômica à sua perspectiva acerca do casamento. Exatamente como ele pregava que toda propriedade privada tinha de ser abolida, da mesma forma ele pregava que todos os relacionamentos privados tinham de ser abolidos. No “Manifesto Comunista”, Marx exigiu “mulheres abertas para todos”, o que significava que nenhuma mulher deveria ser sexualmente exclusiva para um só homem. Em vez disso, as mulheres tinham de se repartir com todos os homens, sem nenhum compromisso. Essa é a origem do movimento de “amor livre” popularizado na década de 1960.

Aliás, não é por acaso que o aumento de programas assistencialistas de linha socialista na década de 1960 tenha coincidido com o aumento do movimento de “amor livre”. Foi um golpe socialista duplo contra nossa cultura tradicional. A “liberação sexual” desvalorizaria o sentido do sexo e família, e o Estado interviria para preencher o vazio, substituindo o marido como líder e provedor.

Durante os 40 anos passados, testemunhamos o sucesso desse plano. Ano após ano, permitimos gradualmente que o governo ganhe mais e mais controle sobre nossas vidas. Ao mesmo tempo, estamos também gradualmente abandonando nossa moralidade sexual tradicional e estamos aceitando o sexo antes do casamento, a criação de filhos sem pais, o casamento gay e até mesmo a pornografia como tendência atual e normal.

À medida que lutamos e resistimos à radical agenda econômica da esquerda, não nos esqueçamos de lutar contra sua radical agenda social também. Compreenda, como compreende a esquerda, que as famílias tradicionais intactas não entregam seu sustento nas mãos do governo. As famílias mesmas se sustentam.



Comentário pessoal: O que dizer? Enojável. Não sei como pode haver tantas pessoas que ainda conseguem estufar o peito para intitularem-se "Comunistas". Achar o socialismo justo e, toda ladainha que lhe é própria. Quando estas pessoas acordarem, talvez seja tarde demais.



sábado, 7 de novembro de 2009



Se não puderes ser um pinheiro, no topo de uma colina,
Sê um arbusto no vale mas sê
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.

Se não puderes ser uma estrada,
Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê o melhor no que quer que sejas.

Pablo Neruda

domingo, 25 de outubro de 2009

Eva Cassidy

Eva Cassidy é minha cantora preferida. Tendo morrido muito jovem, é a cantora com o maior sucesso póstumo na história da música. Era extremamente tímida e nunca conseguiu contrato com uma gravadora. Quatro anos após sua morte a radio inglesa BBC tocou sua versão de Over de Rainbow, obtendo reconhecimento imediato e dez discos gravados postumamente, os quais venderam 4 milhões de cópias. Dona de um talento extraordinário, sua linda voz, tão expressiva, e seus belos arranjos fazem com que cada canção por ela interpretada ganhe nova vida.


O Gigante Egoísta

O Gigante Egoísta


Todas as tardes, quando vinham da escola, as crianças iam brincar para o jardim do Gigante. Era um jardim grande magnífico, coberto de relva macia e verde. Aqui e ali despontavam flores lindas como estrelas e havia doze pessegueiros que, com a chegada da Primavera, floresciam em tons de cor-de-rosa e pérola e, no Outono, ficavam carregados de esplêndidos frutos. As aves pousavam nas árvores e cantavam tão suavemente que as crianças interrompiam os seus jogos para as ouvir.
- Que bem que se está aqui! -diziam umas às outras.
Um dia, o Gigante regressou. Tinha ido visitar o seu amigo, o Ogre da Cornualha, e demorara-se por lá sete anos. Ao fim de sete anos, tinha dito tudo o que havia para dizer, porque a sua conversa era limitada, e decidiu voltar ao castelo. Quando chegou, viu as crianças a brincar no jardim.
- Que fazeis aqui? -gritou ele, com voz severa.
E as crianças fugiram.
-Este jardim é muito meu –sentenciou o Gigante.
-Que todos o fiquem sabendo. Não consinto que ninguém venha para aqui divertir-se a não ser eu próprio.
Ergueu então um muro muito alto a toda a volta do jardim e afixou nele o seguinte aviso:
É proibida a entrada Os transgressores serão castigados.
Era muito egoísta este Gigante. Agora as pobres crianças não tinham onde brincar. Tentaram brincar na estrada, mas havia muita poeira e pedras grossas, o que não Ihes agradou. Depois das aulas, vagueavam à roda do muro, conversando sobre o belo jardim que existia do outro lado.
- Como éramos felizes lá dentro! -comentavam entre si.
Chegou então a Primavera e por todo o lado havia flores e chilreavam avezinhas. Só no jardim do Gigante continuava o Inverno. As aves não Ihes apetecia ir lá cantar porque não havia crianças e as árvores esqueceram-se de florir. Um dia, uma linda flor ergueu a cabeça acima da relva, mas, quando viu o aviso, teve tanta pena das crianças que se sumiu de novo na terra e adormeceu. Os únicos seres satisfeitos eram a Neve e a Geada.
- A Primavera esqueceu-se deste jardim! -exclamavam elas. - Por isso, podemos ficar aqui todo o ano.
A Neve cobriu a relva com o seu imenso manto branco e a Geada pintou de prata todas as árvores. Convidaram depois para viver com elas o Vento Norte que aceitou o convite. Estava envolto em peles e rugia todo o dia pelo jardim, derrubando as chaminés.
- Que lugar admirável! -disse ele. -Temos de convidar também o Granizo.
E, assim, veio o Granizo. Diariamente, durante três horas, rufava nos telhados até partir a maior parte das ardósias e corria, depois, pelo jardim, o mais depressa que lhe era possível. Vestia de cinzento e tinha um hálito frio como gelo.
- Não percebo porque é que a Primavera tarda tanto -pensava o Gigante Egoísta sentado à janela a olhar para o seu jardim branco de neve.
-Espero que o tempo melhore.
Mas a Primavera nunca veio e nunca veio o Verão. Com o Outono, chegavam frutos maduros a todos os jardins, menos ao do Gigante.
- O Outono é muito egoísta, -considerava o Gigante, enquanto o Inverno reinava no seu jardim e o Vento Norte, a Geada, o Granizo e a Neve dançavam por entre as árvores.
Uma bela manhã, estava o Gigante ainda deitado, mas já desperto, quando ouviu uma música encantadora. Soava tão docemente aos seus ouvidos que supôs serem os músicos do rei que passavam. Na realidade, era apenas um pintarroxo que lhe cantava à janela; mas havia já tanto tempo que não ouvia o canto dos pássaros no seu jardim que aquilo lhe pareceu a música mais bela do mundo. Então o Granizo deixou de rufar-lhe nos telhados, o Vento Norte deixou de rugir e chegou-lhe, pela janela aberta, um perfume delicioso.
- Parece que a Primavera chegou, finalmente! -exclamou o Gigante, saltando da cama e olhando para o jardim.E que viu ele?Viu um espectáculo deslumbrante. Por um buraco pequeno no muro, as crianças tinham passado para o jardim e estavam empoleiradas nos ramos das árvores. Havia uma criança em cada árvore. E as árvores ficaram tão contentes com o regresso da pequenada que de novo se cobriram de flores e agitavam suavemente os ramos sobre as suas cabecitas. As aves esvoaçavam e chilreavam alegremente, as flores, por entre a relva, espreitavam e riam. Era um espectáculo encantador e só num recanto do jardim permanecia ainda o Inverno. Ali estava um miúdo tão pequeno que não conseguia trepar à árvore e andava de um lado para o outro, chorando amargamente. A pobre árvore continuava cheia de neve e geada; por cima dela ainda soprava e rugia o Vento Norte.
- Sobe, meu menino -disse a árvore, inclinando os ramos o mais que podia, mas a criança era pequenina demais.O coração do Gigante enterneceu-se, ao olhar lá para fora.
-Tenho sido tão egoísta! -reconheceu ele. - Agora percebo a razão por que a Primavera não aparecia. Vou pôr o rapazinho em cima da árvore e depois vou derrubar o muro. O meu jardim será, para sempre o lugar de recreio das crianças.
Estava realmente arrependido do que tinha feito. Desceu então a escada, abriu a porta devagarinho e chegou ao jardim. Mas as crianças, ao vê-lo, fugiram aterradas, e o Inverno voltou ao jardim. Só o rapazinho não fugiu, porque tinha os olhos cheios de lágrimas e não se apercebeu da chegada do Gigante. O Gigante, aproximando-se cautelosamente, pegou-lhe com todo o carinho e pô-lo em cima da árvore. Logo a árvore se encheu de flores, vieram pássaros cantar e o rapazinho, estendendo os braços para o Gigante, abraçou-o e beijou-o. As outras crianças, quando viram que o Gigante já não era mau, voltaram a correr; e com elas voltou a Primavera.
- Agora, este jardim é vosso, meus meninos! -declarou o Gigante.
Pegou então numa picareta enorme e derrubou o muro. E, ao meio-dia, as pessoas que iam para o mercado viram o Gigante a brincar com as crianças no mais belo jardim que jamais tinham contemplado. Brincaram todo o santo dia e, quando a noite chegou, foram despedir-se do Gigante.
- Onde está o vosso companheiro? -perguntou ele. -Aquele que eu pus em cima da árvore.O Gigante gostava muito dele porque o tinha beijado.
- Não sabemos nada dele -responderam as crianças. -Foi-se, embora.
- Se o virem, digam-lhe que não falte amanhã.As crianças responderam que não sabiam onde ele morava e que antes nunca o tinham visto; e o Gigante ficou muito triste.
Todas as tardes, ao saírem da escola, as crianças vinham brincar com o Gigante. Mas o rapazinho de quem o Gigante mais gostava não voltou a ser visto. O Gigante era muito bondoso para todas as crianças, mas suspirava pelo seu primeiro amiguinho e falava dele muitas vezes.Gostava tanto de o tornar a ver! -repetia ele. Passaram os anos e o Gigante envelheceu e enfraqueceu muito. Como já não podia brincar, sentava-se numa poltrona enorme a ver brincar as crianças e a admirar o seu jardim.
- Tenho muitas flores bonitas -dizia - , mas as crianças são as mais bonitas de todas.
Certa manhã de Inverno, enquanto se vestia, olhou pela janela. Agora já não odiava o Inverno porque sabia que era apenas a Primavera adormecida e que as flores repousavam.De repente, esfregou os olhos de espanto, olhou e tornou a olhar. Era, sem dúvida, um espectáculo maravilhoso. No recanto mais afastado do jardim, estava uma árvore completamente revestida de flores alvacentas. Eram áureos os ramos e argênteos os frutos que dela pendiam. E debaixo da árvore estava o rapazinho de quem ele tanto gostava. Cheio de alegria, o Gigante desceu apressadamente a escada para chegar ao jardim. Atravessou rapidamente a relva e aproximou-se do pequenino; mas, ao vê-lo, ficou vermelho de cólera.
- Quem se atreveu a magoar-te? -perguntou, vendo feridas de pregos nas palmas das mãos e nos pés do pequenito.
- Quem se atreveu a magoar-te? -gritou o Gigante. -Diz-me sem demora e vou já matá-lo com a minha espada.
- Não -respondeu a criança -, estas são as feridas do Amor.
- Então quem és tu? -quis saber o Gigante, sentindo-se invadido por um estranho sentimento e ajoelhando-se diante da criança.
Esta sorriu e respondeu:
- Um dia, deixaste-me brincar no teu jardim. Hoje, virás comigo para o meu, que é o Paraíso. E, nessa tarde, quando as crianças correram para o jardim, encontraram o Gigante morto, debaixo da árvore, e todo coberto de flores alvacentas.


Oscar Wilde

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Artigo - Mere Theism: The case for God

Aqui vocês podem ler um ótimo artigo sobre (entre algumas outras coisas) as diferentes "formas" pelas quais as pessoas podem se convencer da existência de Deus, o título é "Mere Theism: The case for God".

Coisas que li...e gostei

Estava lendo um blog que eu gosto muito, do Dr. Ken Kraven (True Wester), e achei um outro blog, que também gostei (à primeira vista), é o Theology of Desire.

Encontrei alguns pensamentos e breves poemas, que vou transcrever aqui.

All Great Things

"All the great things are simple, and many can be expressed in a single word: Freedom; justice; honor; duty; mercy; hope."

--Winston Churchill

I have perceiv’d that to be with those I like is enough,
To stop in company with the rest at evening is enough,
To be surrounded by beautiful, curious, breathing, laughing flesh is enough,
To pass among them or touch any one, or rest my arm ever so lightly round his or her neck for a moment, what is this then?
I do not ask any more delight, I swim in it as in a sea.


There is something in staying close to men and women and looking on them, and in the contact and odor of them, that pleases the soul well,
All things please the soul, but these please the soul well.

--Walt Whitman


You would wish long and long to be with him, you would wish to sit by him in the boat that you and he might touch each other.

--Walt Whitman

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Lullaby - Hushabye Mountain

Estranho como cresci ouvindo as nossas simples canções de ninar, e nunca, nunca mesmo, imaginei que ouvessem outras tão mais belas e "requintadas". Não que esteja falando que as que eu ouvi eram ruins ou de mau gosto, não, nada disso. Ainda tenho comigo boas lembranças de 'boi da cara preta" ou "nana nenêm", cantigas que apesar de simples, são pura ingenuidade, fantasia, e nunca nos cansam.

Mas hoje vou falar de lullabys, canções de ninar de lingua inglesa que eu ouvi e achei bonitas.
Postarei algumas, e abaixo de cada uma, a sua letra.

A que eu mais gosto é uma retirada do filme Chitty Chitty Bang Bang, cantada pooor, ninguém menos do que Dick Van Dyke.



A gentle breeze from Hushabye Mountain
Softly blows o'er lullaby bay.
It fills the sails of boats that are waiting
Waiting to sail your worries away.

It isn't far to Hushabye Mountain
And your boat waits down by the key.
The winds of night so softly are sighing
Soon they will fly your troubles to sea.

So close your eyes on Hushabye Mountain.
Wave good-bye to cares of the day.
And watch your boat from Hushabye Mountain
Sail far away from lullaby bay.

(Somewhere) Over the Rainbow - Al Bowlly (não deu pra incorporar o vídeo, porque o youtube desativou o código, mas segue o link):
http://www.youtube.com/watch?v=8TiYgOOLat8


Somewhere Over the Rainbow - Versão Original, de O Mágico de Oz, por Judy Garland, simplesmente uma das coisas mais linda que já vi e ouvi:



Somewhere, over the rainbow, way up high.
There's a land that I heard of Once in a lullaby.
Somewhere, over the rainbow, skies are blue.
And the dreams that you dare to dream
Really do come true.
Someday I'll wish upon a star and wake up where the clouds are far Behind me.
Where troubles melt like lemon drops, Away above the chimney tops.
That's where you'll find me.
Somewhere, over the rainbow, bluebirds fly. Birds fly over the rainbow,
Why then - oh, why can't I?
If happy little bluebirds fly beyond the rainbow,
Why, oh, why can't I?



Summertime, do musical Porgy and Bess:



Summertime, and the living is easy
Fish are jumping, and the cotton is high
Your daddy's rich, and your ma is good looking
So hush little baby, don't you cry.

One of these mornings, you're gonna rise up singing
You're gonna spread your wings and take the sky
But till that morning, there is nothing can harm you
With your daddy and mommy standing by

Todas essas vem de um tempo onde o cinema, ao menos ao que parece pra mim, era mais bonito, airoso, com muito mais do que simplesmente usar técnicas cinematográficas aprendidas na faculdade.

Esta que segue é uma mais folclórica, que originalmente (como descobri há pouco) era cantada por escravos afro-americanos para os filhos de seus senhores.



Link com a letra - All the Pretty Horses


Uma lullaby mais moderna, de Keb Mo (música que também é um belo blues):




E está chegando o Natal, tempo de ouvir outras canções sensacionais. Logo será época de "compartilhar" nossas canções de natal preferidas.

Espalhemos a beleza; não há sentido em lugar em e por um mundo onde não há beleza.
Let's spread the beauty!

Abraços.